Livro:A Menina que roubava livros
Autor:Markus Zusak
Editora Intrínseca
Páginas:480
Liesel Meminger é uma menina alemã que passou por diversos problemas ao longo de sua vida, mas, ao mesmo tempo aprendeu a tirar boas experiências ao som de um acordeon e de palavras. Após ser adotada por um casal de alemães em plena Segunda Guerra Mundial, vive em uma cidade em regime nazista e rouba livros para que possa através das palavras se aventurar por mundos distantes onde a guerra não é capaz de alcançar.
A trama se passa inteiramente na Alemanha em pleno regime nazista, vemos como alguns cidadãos, alguns sendo contra a ditadura imposta pelo fuhrer, acabam tendo que viver de forma precária devido a escassez de mantimentos os quais são entregues para o exército, a descriminação e caça aos judeus, a queima de livros em praça pública e diversos acontecimentos históricos se passam durante a história.
Um fato interessante é a maneira como é contada a narrativa, a própria Morte conta a história e nos diz como Liesel conseguiu escapar dela três vezes, fazendo alguns comentários sarcásticos e um pouco fúnebres aos acontecimentos.
Temos muitas aventuras e a busca por uma fuga da realidade vivida pela protagonista, a trama conta com a brutalidade das pessoas, a lavagem cerebral nas crianças e como culturas podem ser diferentes da mesma forma que podem ser semelhantes e que isso não faz uma melhor que a outra.
A obra mostra também como o amor e a arte podem mudar tudo ao seu redor, Liesel busca nos livros que rouba um meio de se libertar de sua realidade opressora e busca neles compreender as coisas que se passam a sua volta.
Algo que é um fato nas mais diversas pessoas, assim como os livros são para alguns e para outros pode ser qualquer outra coisa, a questão é que, em meio a guerras todos buscam uma maneira de se refugiar e desfrutar de um pouco de paz, algo que sem dúvida um bom livro pode proporcionar.
Autor da resenha: R.N.J.