Criticando e escrevendo, lendo e aprendendo. Viajando por mundos incertos onde a fantasia e a realidade se misturam por oceanos de palavras.
terça-feira, 28 de julho de 2020
Saga Percy Jackson e os Olimpianos - Volume 2 - O Mar de Monstros
terça-feira, 21 de julho de 2020
Resenha O Mito de Sísifo
Autor: Albert Camus
Editora: Record
Páginas: 260
Resenha: Só existe um problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale
ser vivida é responder a pergunta fundamental da filosofia."
Assim começa essa obra, ainda um tanto subestimada, de Albert Camus, pai do que se viria
chamar de filosofia do absurdo ou absurdismo. Em o Mito de Sísifo, Camus faz um paralelo
entre nossas vidas e Sísifo, que foi condenado a carregar todos os dias, eternamente,
montanha a cima uma rocha somente para vê-la cair de volta.
Mesmo dizendo não ao suicídio, Camus não propõe uma motivação vazia. O filósofo faz uma
análise cuidadosa sobre o porque nos sentimos assim diante a falta de propósito que se
desenrola entre nós e o universo.
Camus nos mostra que existe, no geral, três escolhas a se fazer diante o absurdo da realidade:
- O suicídio físico, que para ele é uma fuga e não uma resposta a essa questão, fazendo o
problema se tornar ainda mais absurdo;
- O suicídio filosófico, que seria aceitar respostas sem realmente pensar sobre elas. Fazendo
com que enfiemos nossas cabeças na areia, ignorando o absurdo;
- E a aceitação na revolta, que nos faria criar nosso próprio propósito no aqui e agora.
A ideia do trabalho em vão nos faz questionar, não enquanto estamos empurrando a rocha,
mas no momento em que a vemos rolar montanha a baixo se vale a pena continuar. Afinal,
subimos a montanha individualmente e como humanidade para no fim ver tudo ruir. Porém a
consciência que nos faz ver esse absurdo é, para Camus, o que nos salva dessa condição. A
lassidão pode nos levar ao caminho do restabelecimento ou suicídio. Dessa forma, se a vida
nos parece absurda somos livres para criar, e não encontrar, nosso propósito.
"Assim, eu extraio do absurdo três consequências que são minha revolta, minha liberdade e
minha paixão. Apenas com o jogo da consciência transformo em regra de vida o que era
convite à morte - e recuso o suicídio."
Autor da resenha: Luan Giovanni
terça-feira, 14 de julho de 2020
Resenha Um Estudo em Vermelho
Livro: Um Estudo em
Vermelho
Autor: Sir Arthur Conan
Doyle
Editora L&PM Pocket
Páginas: 197
Um estudo em vermelho é
uma história policial que apresenta um enigma elucidado pelo notório detetive
Sherlock Holmes junto de seu braço direito John Watson em seu primeiro trabalho
em equipe.
A trama se passa em
Londres em pleno século XIX, num tempo em que a taxa criminal estava em baixa e
os serviços de detetives não eram tão requisitados, tudo muda quando um
misterioso assassinato ocorre, a vítima é encontrada numa casa abandonada, onde
nada tem a ver com ela, e sem evidências da causa da morte a agência de
detetives acaba tendo que recorrer à ajuda de um excêntrico detetive amador.
Essa é a primeira história
deste que seria o mais notável detetive de todos os tempos. Com seus métodos
nada tradicionais e utilizando de seu complexo meio de dedução altamente
analítico, Sherlock Holmes acaba aceitando o caso e junto do médico e seu
futuro parceiro John Watson desvendam o caso de um estudo em vermelho.
A história é contada pelo
ponto de vista de Watson, e suas anotações nos são transmitidas com muita riqueza
nos detalhes, por se tratar de uma obra de suspense e investigação policial
cada cena em que os personagens se encontram acaba sendo despida, por assim
dizer, nos sentimos infundidos no caso e a cada pista descoberta começamos a
deduzir o desfecho do caso como se nós leitores fôssemos os investigadores.
O gênero por mais que seja
suspense criminal tem uma dose de comédia na medida certa dando um alívio
cômico merecido no meio de algumas histórias inevitavelmente fatídicas.
O autor Sir Arthur por si
só já tem uma grande história de vida, talvez seja sensato procurar saber sua
biografia caso queira entender profundamente como surgiu a figura de Sherlock
Holmes.
O livro é uma aventura
curta, cheia de detalhes e mistérios, os personagens são autênticos e é fácil
de se apegar a eles, ainda sim o autor foca em dar mais embasamento nos
detalhes de como os personagens pensam e agem e assim como Holmes, deixa de
divulgar assuntos inúteis ou pouco relevantes se prendendo fortemente a
sequência de fatos de modo que tudo que nos é apresentado é fundamental para a
trama e não é apresentado fatos a parte sobre os personagens ou ao ambiente em
que tudo se passa.
Existem diversos livros
sobre Holmes e Watson e na sequência deles possivelmente conseguimos ir
montando a biografia de nossos protagonistas com base das informações restritas
sobre eles que nos é mostrado em cada obra. É como se o autor usa-se dos livros
como peças de um quebra-cabeça criminal, ou seja, quanto mais casos
solucionados você lê sobre Sherlock mais você descobre as peculiares
particularidades de nosso elementar detetive consultor.
Autor da resenha: R.N.J.
*Dica
Dentre diversas mídias
representando e dando vida aos livros temos filmes e séries baseadas nos livros
que são mais conhecidas como, o filme de 2009 "Sherlock Holmes"
estrelado por Robert Downey Jr. e a série "Sherlock" transmitida pela
Netflix.
quinta-feira, 9 de julho de 2020
Saga O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares - Volume 1
sexta-feira, 3 de julho de 2020
Saga Percy Jackson e os Olimpianos - Volume 1 - O Ladrão de Raios
Saga O Espadachim de Carvão - Volume 1
Resenha Caixa de Pássaros
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Livro: Caixa de Pássaros
Autor: Josh
Malerman
Editora
Intrínseca
Páginas: 272
Resenha: Uma
mistura de romance com um terror psicológico, Caixa de Pássaros é tenso do
começo ao fim, uma história que explora o medo a cada passo dado pelos
personagens.
A princípio
somos abordados com um momento caótico em que por algum motivo as pessoas de
todas as partes do mundo estão cometendo suicídio de forma impulsiva e violenta
após ter contato com algo misterioso, ninguém é imune e todos afetados não
conseguem se recuperar.
Dado a
situação conseguimos notar o cenário em que se passa toda a trama, um mundo
pós-crise onde as pessoas vivem com medo de algo que ninguém sabe ao certo,
sendo obrigadas a ficar reclusas em suas casas e tendo que todos os dias buscar
meios para sobreviver.
A história
traz diversas experiências através do sentido da visão e como as pessoas acabam
tendo que se adaptar mesmo quando não o tem mais, isso é apresentado inclusive
com a protagonista Malorie e seus dois filhos pequenos, os quais curiosamente
nunca são chamados pelo nome dando a imaginação do leitor a tarefa de descobrir
o porquê desse fato. A história é focada nessa família que busca por
sobrevivência enquanto tem flashbacks de quando a crise acabara de começar e
como tudo os levou até aquele momento.
Os outros
personagens mostrados durante os flashbacks, suponho que o autor quis
representá-los como uma família convencional, cada um toma o lugar de um membro
e todos tem suas próprias identidades. É mostrado como todos eles são afetados
de maneiras diferentes pelo medo do desconhecido, que nesse caso é fatal.
Acredito que a
ideia do autor foi representar que nossos maiores medos muitas vezes são
transformados em monstros e não tendo ajuda para superá-los acabam tomando
proporções catastróficas e afetando a todos os envolvidos, este
"monstro" pode acabar dividindo toda uma família assim como
destruindo toda a sanidade mental das pessoas, a ideia do suicídio seria um
recurso desesperado para se livrar dessa agonia, isso é demonstrado pelas
vítimas afetadas no livro.
Por fim,
gostaria de dizer que esse tema de livro me agrada por forçar a imaginação a
associar cada fato apresentado como se fosse um grande quebra-cabeça, a cada
página é como se encaixasse uma nova peça e quanto mais isso se estende mais
ansioso você fica, o resultado nem sempre é o esperado, a gratificação é o
simples fato de concluir a história. O que? Se no final é respondido todas as
perguntas? Bem, para ter certeza só lendo mesmo, mas eu garanto, o caminho
pelas páginas deste livro vale a pena trilhar.
Autor da resenha: R.N.J
*Dica
Para quem
quiser ter uma perspectiva diferente da história em 2018 foi lançado pela
Netflix o filme baseado no livro.
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