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terça-feira, 4 de agosto de 2020

Resenha Especial As Crônicas de Nárnia - Volume 3 - O Cavalo e seu menino





*Resenha Especial - Terça-feira*
Livro: As Crônicas de Nárnia - Volume 3 - O Cavalo e seu menino
Autor: C. S. Lewis
Editora WMF Martins Fontes
Páginas: 190

O volume 3 das crônicas de Nárnia se passa distante de Nárnia uma terra cruel e árida chamada Calormânia, lá conhecemos o jovem Shasta que ao descobrir que não era filho do pescador que a vida toda cuidará dele como se fosse um escravo e ao conhecer Bri, um cavalo falante narniano, decide fugir em busca da terra natal de Bri onde o ar é puro e reina a liberdade.

Em sua jornada Shasta acaba descobrindo que sua diferença racial pode ser devido a não descender dos calormanos e enquanto viaja pelo deserto, Shasta encontra a tarcaína Aravis, um tipo de princesa, e sua égua narniana Huin, ao ser prometida em casamento a um homem muito idoso decidiu tirar sua própria vida quando foi interrompida por Huin que conta sobre uma terra onde as pessoas são livres para tomar suas decisões. Então Shasta, Bri, Aravis e Huin partem por entre o deserto da Calormânia enfrentando diversos inimigos e fugindo de um estranho leão que parece os estar perseguindo.

Nesta aventura também vemos aos reis antigos, os irmãos Pevensie em sua era de ouro no ápice de seu reinado, vemos também como os calormanos são um povo violento e tirano e com recursos muito escassos devido ao ambiente onde se é situada a Calormânia. 

Outra divindade é apresentada, o deus Tash retratado como um estereótipo satânico, que exige sacrifícios humanos de seus seguidores como se fosse uma contra proposta a Aslam. De fato, Lewis diz em, A última batalha, que aqueles que adoram a Tash e que são virtuosos, são, de fato, adoradores de Aslam, e os que são imorais e que adoram a Aslam, na verdade são, de fato, adoradores de Tash.

Nota-se que os personagens são semelhantes ao povo e cultura do oriente médio e regiões da Ásia, devido morarem no deserto usam turbantes e sapatos pontiagudos, espadas cimitarras e tem peles escuras muito parecidos com hindus e árabes e também cumprem com estereótipos como cobiça, crueldade, traição e escravocracia.

Acredito que o autor usa uma declaração progressista e audaz na época em que o livro foi escrito as relações mistas não eram muito comuns nem muito aceitas, e enquanto os calormanos tem pele escura os narnianos tem pele clara com traços mais europeus típicos do Reino Unido. É apontado no livro um pouco de racismo desda parte em que os narnianos caucasianos são de certa forma superiores aos morenos calormanos quanto internamente na Calormânia em que os tarcaãs oprimem e escravizam os animais e o povo narniano capturado. 

Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal compõem as crônicas de Nárnia. Cada livro é uma obra-prima, atraindo o leitor para um mundo em que a magia encontra a realidade, e o resultado é um mundo ficcional que tem fascinado gerações. Nesta obra vemos como o universo das crônicas de Nárnia é extenso indo até terras longínquas com culturas muito diferentes a que nos é apresentada em Nárnia.

Autor da resenha: R.N.J.

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