*Resenha Especial - Sexta-feira*
Livro: As Crônicas de Nárnia - Volume 6 - A Cadeira de Prata
Autor: C. S. Lewis
Editora WMF Martins Fontes
Páginas: 212
No sexto livro das crônicas de Nárnia, a cadeira de prata, temos mais uma aventura, desta vez por uma região inóspita e quase nunca visitada pelos narnianos dada a sua periculosidade, a mando do grande leão Aslam, um filho de Adão e uma filha de Eva junto de um narniano deverão ir atrás do príncipe desaparecido, em sua jornada nossos protagonistas terão que enfrentar criaturas subterrâneas, gigantes e uma temível feiticeira viperina.
Chegamos ao penúltimo livro da saga, em a cadeira de prata temos de volta a Nárnia o primo dos Pevensie, Eustáquio e junto dele uma nova personagem uma garota de sua escola chamada Jill, vários anos se passaram desde a última aventura a bordo do Peregrino da Alvorada, vários anos para os narnianos, já para Eustáquio passará cerca de um ano.
Eustáquio mudara bastante depois de sua última viagem a bordo do Peregrino, se tornando mais corajoso e destemido assim como seus primos, se importando mais com os outros e se tornando cada vez mais parecido com um príncipe narniano, ao ver Jill, uma de suas únicas amigas sofrendo devido a abusos de bullying em sua escola, ele conta sobre uma terra mágica onde tudo era diferente, e graças a essa mesma magia eles acabam indo parar em Nárnia.
Jill tem uma personalidade forte e decidida com seus princípios, porém amável, muito parecida com Lucia e o paulama Brejeiro, o narniano que os acompanha, sem dúvida é uma figura, ele sempre declara com pessimismo como os eventos irão estar ocorrendo e aparentando desanimação para tudo, só que, no entanto, para ele e os outros paulamas de seu povo ele é visto como um fanfarrão brincalhão que não toma jeito, mas ainda sim de todo modo, ambos os personagens são imprescindíveis para completar a missão que lhes foi dada.
Vemos como todos os personagens do livro anterior estão com uma idade avançada, mas ainda sim, notamos como o reinado de Caspian foi próspero para seu povo e temos nesta história uma Nárnia mais pacata, como se fosse um dia ensolarado antes da tempestade, por se tratar do penúltimo livro da saga creio que tem a ambientação perfeita para se passar esta jornada. Nossos hérois, por ordem de Aslam, acabam indo parar na terra dos gigantes e mais tarde num reino subterrâneo.
Quando achamos que Nárnia não tem mais onde nos surpreender, temos mais uma experiência, talvez um pouco claustrofóbica, devido ser um mundo subterrâneo, entretanto, lá vemos que vive um povo completamente diferente e, até certo ponto, semelhante ao povo narniano. Temos uma informação de um dos habitantes que nos promete que ainda mais abaixo do seu mundo, na crosta terrestre existe todo um universo cheio das criaturas mais diversas as quais parecem ter forte envolvimento com pedras preciosas nos informando que em sua terra natal elas são mais vivas e se encontram em todo tipo de consistência possível, já imaginou tomar um gole de suco de diamantes? Ou comer um pedaço de rubi? Para este povo tudo isso parece ser possível.
Isso nos mostra o quão diverso um mundo pode ser, assim como a própria Terra e, às vezes estamos tão infundidos num mundo fantasioso que não percebemos como, na verdade ele é uma representação do nosso próprio mundo, ao longo dessas crônicas podemos notar, se dermos a devida atenção, que não apenas os ideais de conduta das pessoas é explorado como, amizade, determinação e amor, e também suas menções a religião cristã com suas passagens bíblicas seccionadas em trechos e escusos em toda a saga, mas também no mundo em si, toda a Nárnia é como um espelho da Terra, só precisa de um olhar atento para se ver as semelhanças, os povos distintos, as culturas exóticas, os cantos mais inóspitos onde se dúvida que possa se ter vida mas que na realidade é um chafariz transbordando vitalidade.
Fico ansioso e um pouco triste por ver que logo esta saga chegará ao fim, mas não devemos nos a ter ao fim de algo, mas sim, recordar e desfrutar de todo caminho percorrido até ali, identificando e assimilando as informações e a experiência adquirida e os sentimentos que aquelas histórias o fizeram sentir, então sem mais a declarar, esperemos a conclusão que o grande leão nos dará, o que está por vir e o que aguarda no final do túnel para nossos heróis e para toda Nárnia.
Autor da resenha: R.N.J.
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