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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Resenha Droga disfarçada de estudante


Livro: Droga disfarçada de estudante
Autor: Filippe Maffra
Editora Previna
Páginas:143

No primeiro dia de aula numa escola nova, Junior, conhecido como Passarinho, conhece seus novos colegas e logo entra num grupinho de alunos com quem tem mais afinidade, mas, o grupo de fato que ele queria ter entrado era o grupo de descolados o qual Dorival fazia parte, um grupo que chamava a atenção das garotas e promoviam festas e, além disso, compartilhavam de um segredo o qual só comentavam sobre ele através de códigos. Dorival acaba convidando Passarinho e seus amigos para uma de suas festa e acaba os envolvendo no mundo das drogas, dizendo que o uso delas era a melhor sensação possível, mas isso levou nosso protagonista a dependência a qual mudaria completamente sua vida.

A trama se passa em Curitiba, mas não é muita retratada já que o intuito é mostrar a decadência que o uso de drogas faz com as pessoas. Para estar envolvido no grupo de Dorival e sustentar seu vício, Passarinho acaba tendo que roubar, mentir, inclusive tem seu rendimento na escola e em trabalhos muito reduzido e até chega a ser preso.

Tendo todo o foco da obra em Passarinho, vemos nele todas as fazes que um dependente químico tem devido ao consumo excessivo e recorrente de entorpecentes.

Uma obra baseada em fatos reais que engloba todo um cenário possível da realidade e que sabemos que eventualmente e infelizmente acaba ocorrendo, o jovem que para se enturmar e estar em evidência no seu ciclo social, acaba indo parar no mundo das drogas por acreditar que somente usando este veneno fará parte do grupo social que tanto almeja. 

A questão que o livro passa é que, apesar da euforia momentânea o vício aumenta cada vez que se usa e os males que vêm após um tempo de consumo são desastrosos tanto na saúde mental quanto física e aos poucos destroem a pessoa por completo, isso tudo conseguimos ver através do protagonista que vivência toda sua decadência até o estágio final, o que poderia tê-lo levado a morte se não tivesse no fim mudado o rumo e ter buscado redenção e tratamento.

Nitidamente um livro voltado para prevenção as drogas, dirigido principalmente para o público infanto-juvenil e mostrando como más influências e drogas não combinam e como isso pode destruir uma pessoa, o livro foi criado nesse intuito, algo que tanto o autor quanto a editora lançaram para combater e orientar os leitores jovens das consequências que o uso de drogas pode trazer.

Autor da resenha: R.N.J.

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Resenha A Droga da Obediência



 Livro: A Droga da Obediência

Autor: Pedro Bandeira

Editora Moderna

Páginas: 190


Os Karas, é um grupo do Colégio Elite, situado na cidade de São Paulo composto por quatro integrantes, Miguel, Calú, Crânio, Magrí e Chumbinho, eles sempre se reúnem quando um problema precisa ser resolvido. Alunos de várias escolas estavam sendo sequestrados e eles temiam que o Colégio Elite fosse o próximo. Até que o membro mais novo do grupo Chumbinho acaba sendo alvo dos sequestradores e acaba sendo induzido a tomar uma pílula, fingindo ter tomado a droga ele se deixa ser levado para tentar descobrir onde os alunos sequestrados estavam sendo mantidos, e é a partir daí que começa as investigações.


A história é ambientada entre o grupo dos Karas e o local onde Chumbinho se encontra com os demais alunos sequestrados, juntos eles tentam buscar pistas que possam ajudá-los a desvendar o porquê do crime e o que é aquela curiosa droga que eles são obrigados a tomar e seus efeitos que obrigam os adolescentes a obedecer qualquer ordem.


Mesmo sendo destinado ao público jovem, o livro envolve o leitor com toda a trama e desfecho da história fazendo com que o texto seja atraente até para o leitor adulto e sendo um livro pequeno e de fácil leitura você não se sente desestimulado a terminá-lo.


O livro traz uma reflexão sobre a obediência cega que alguns adultos impõem nos filhos, dar a tal droga da obediência para os adolescentes para alguns essa poderia ser uma solução fácil e eficaz de controlar comportamentos agressivos dos adolescentes, mas impossibilitaria que eles vivam a própria vida e tomem suas próprias decisões. O que a história quis transmitir é exatamente a importância dos jovens terem opinião própria e desenvolverem seu senso crítico.


Além da Droga da Obediência, Pedro Bandeira ainda escreveu mais cinco livros da série Os Karas: O Pântano de Sangue, Anjo da Morte, A Droga do Amor, Droga de Americana! e A Droga da Amizade, todos com a mesma ideia de jovens detetives adoslescentes desenvolvendo suas aptidões e mostrando seu valor.


Autor da resenha: R.N.J.


terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Resenha O Rapto do Garoto de Ouro



Livro: O Rapto do Garoto de Ouro

Autor: Marcos Rey

Editora Global

Páginas: 128


Em uma festa para comemorar o sucesso do astro do rock Alfredo, conhecido como o Garoto de Ouro, tudo corria bem com seus amigos e fãs festejando seu sucesso no Bixiga um dos lugares mais famosos da cidade de São Paulo, até que subitamente nosso astro desaparece deixando para trás somente sua guitarra e constatando aos demais o ocorrido, o Garoto de Ouro fora raptado.


Esta é mais uma aventura policial de Marcos Rey. O cenário é o bairro do Bixiga, no centro de São Paulo uma região bem urbanizada.


Leo, Gino Ângela e Jaime, são amigos de Alfredo e formaram uma comissão de investigação para interrogar as pessoas que constavam o nome numa agenda verde que fora encontrada no local onde Alfredo supostamente teria sido raptado. O comandante era Gino, que participava de uma competição de xadrez. Enquanto isso, Alfredo era mantido preso e o raptor fazia exigências através de telefonemas e recados deixados em diversos lugares do bairro como na igreja, jornal, casa do empresário e até na casa de Alfredo.


Toda a trama de desenvolve ao redor das investigações, os jovens começam a interrogar todos os suspeitos presentes na lista e buscam pistas para desvendar este mistério, tendo como estrategista do grupo o Gino, tendo uma visão do caso de forma minuciosa e semelhante à Sherlock Holmes.


Uma obra simples que não desenvolve os personagens e foca mais no desvendar do mistério, é escrita para o público infanto-juvenil então acaba tendo um estilo de escrita fácil e cheio de diálogos, contudo a obra é divertida e interessante e como todo caso policial ficamos tentando desvendar o mistério antes mesmo do desfecho do livro.


Autor da resenha: R.N.J.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Resenha A 8ª Série C

 


Livro: A 8ª Série C

Autor: Odette de Barros Mott

Editora Atual

Páginas: 152


Júlio e Gabriela, vivem uma crise de consciência por terem mentido para seus pais. Márcia pertence a uma família mais pobre que a de seus amigos, mas convive bem com isso e, juntamente com João Paulo, o Jopa, é a conselheira da turma. Enquanto isso, Mariela vive a emoção da primeira paixão. Todos eles possuem algo em comum: são adolescentes e estudam na 8ª. série C.


Toda a trama se passa em volta do ambiente escolar, temos diversas personalidades envolvidas, o cara forte do grupo, o certinho, as amigas populares, mas algo em comum é o distanciamento entre pais e filhos e a falta de diálogo. Os jovens têm medo de compartilhar seus problemas com os pais, considerando-os pessoas muito diferentes deles e incapazes de compreender os desafios, os anseios e as descobertas da juventude. Graças a isso nossos protagonistas se envolvem em grandes problemas que um adolescente acaba tendo que enfrentar sem necessidade e devido a uma falta de informações e por não saberem se expressar. 


A autora sempre abordou temas infanto-juvenis e a busca pelo conhecimento interior dos adolescentes, a integração com o mundo de uma forma melhor que eles possam compreender, assim como é nesta obra, temos um enredo simples e com muitos diálogos, algo comum e proveniente do público alvo de leitores que é dirigido este tipo de livro, inclusive confeço que a primeira vez que li eu mesmo estava na 8ª série, convenientemente a turma C.


Uma obra simples que não desenvolve muito os personagens e sim desenrola a mensagem que quer passar através dos dilemas/aventuras vividas por eles. O livro aborda os vários tipos de grupos de adolescentes e sua influência sobre os jovens, o relacionamento entre pais e filhos na adolescência, como os jovens se comportam independente da época e sempre cometendo os mesmos erros e tendo as mesmas personalidades independente de quando você lê o livro acaba se identificando com alguém, o primeiro amor e o despertar da sexualidade e o anseio pelo paixão juvenil. Um livro interessante e bem desenvolvido para o público infanto-juvenil.


Autor da resenha: R.N.J.

(Imagem internet site Amazon )

Autor da Vez: Odette de Barros Mott



• Biografia Odette de Barros Mott

 

Odette de Barros Mott nasceu em 24 de maio de 1913, em Igarapava, interior de São Paulo. Seu pai, autodidata e poliglota, foi quem despertou o gosto pela literatura na jovem Odette.

 

Formou-se pelo Instituto de Educação Caetano de Campos, em São Paulo, e trabalhou como professora primária no Colégio de Santana.

 

Em 1935, aos 22 anos, Odette publicou seu livro de poemas entitulado "Tranquilidade". Aos 24 anos, casou-se com um italiano naturalizado brasileiro, com quem venho a ter seus oito filhos.

 

Em 1949, publicou seu primeiro livro infantil, "Aventuras no País das Maravilhas", pela Editora do Brasil. Em 1964 escreveu "Aventura do escoteiro Bila" e, em 1965, escreveu "A montanha partida", ambos foram seus primeiros títulos voltado para o público adolescente, e agradaram muito a crítica e o público.

 

Odette recebeu vários prêmios literários, entre eles o prêmio Monteiro Lobato da Academia Brasileira de Letras, pela obra "Justino, o Retirante", e o prêmio Fundação Educacional do Distrito Federal, na categoria literatura infato-juvenil, pela obra " Marco e os Índios de Araguaia".

 

Odette faleceu em 21 de maio de 1998, aos 84 anos, e foi cremada no Crematório da Vila Alpina.

 

Post: Thiff (@thifnaufel )

 

( Internet)


terça-feira, 24 de novembro de 2020

Resenha A Menina que roubava livros



Livro:A Menina que roubava livros

Autor:Markus Zusak

Editora Intrínseca

Páginas:480


Liesel Meminger é uma menina alemã que passou por diversos problemas ao longo de sua vida, mas, ao mesmo tempo aprendeu a tirar boas experiências ao som de um acordeon e de palavras. Após ser adotada por um casal de alemães em plena Segunda Guerra Mundial, vive em uma cidade em regime nazista e rouba livros para que possa através das palavras se aventurar por mundos distantes onde a guerra não é capaz de alcançar.


A trama se passa inteiramente na Alemanha em pleno regime nazista, vemos como alguns cidadãos, alguns sendo contra a ditadura imposta pelo fuhrer, acabam tendo que viver de forma precária devido a escassez de mantimentos os quais são entregues para o exército, a descriminação e caça aos judeus, a queima de livros em praça pública e diversos acontecimentos históricos se passam durante a história.


Um fato interessante é a maneira como é contada a narrativa, a própria Morte conta a história e nos diz como Liesel conseguiu escapar dela três vezes, fazendo alguns comentários sarcásticos e um pouco fúnebres aos acontecimentos.


Temos muitas aventuras e a busca por uma fuga da realidade vivida pela protagonista, a trama conta com a brutalidade das pessoas, a lavagem cerebral nas crianças e como culturas podem ser diferentes da mesma forma que podem ser semelhantes e que isso não faz uma melhor que a outra.


A obra mostra também como o amor e a arte podem mudar tudo ao seu redor, Liesel busca nos livros que rouba um meio de se libertar de sua realidade opressora e busca neles compreender as coisas que se passam a sua volta. 


Algo que é um fato nas mais diversas pessoas, assim como os livros são para alguns e para outros pode ser qualquer outra coisa, a questão é que, em meio a guerras todos buscam uma maneira de se refugiar e desfrutar de um pouco de paz, algo que sem dúvida um bom livro pode proporcionar.


Autor da resenha: R.N.J.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Saga Percy Jackson e os Olimpianos: Os Arquivos do Semideus



Saga: Percy Jackson e os Olimpianos: Os Arquivos do Semideus

Autor: Rick Riordan

Editora Intrínseca

Páginas: 160


Atenção jovens semideuses preparem-se para ter acesso a arquivos altamente sigilosos. O escriba sênior do Acampamento Meio-Sangue, o Sr. Rick Riordan apresenta neste livro o relatório de três importantes aventuras de Percy Jackson que irão impactar na saga futura de nosso herói, no caso a saga Heróis do Olimpo (que em breve iremos resenhar), além disso esse especial da saga Percy Jackson e os Olimpianos, que se passa entre o quarto e o quinto livro, apresenta mapas, entrevistas e muitas outras curiosidades sobre o acampamento para divertir e aguçar a curiosidade dos fãs.


Neste livro temos três contos: Percy Jackson e a Quadriga Roubada, onde vemos Percy e Clarisse La Rue tendo que unir forças para resgatar a quadriga de Ares, que está com os deuses Phobos e Deimos. Percy Jackson e o Dragão de Bronze, uma aventura envolvendo Annabeth, Silena, Beckendorf e Percy numa busca pela cabeça de um dragão de bronze, que eles acabam vendo durante uma partida de captura a bandeira, este é um conto extremamente importante pelo fato de introduzir um personagem que será muito importante para a próxima saga já citada aqui.


E por fim, Percy Jackson e a Espada de Hades, onde Percy, Thalia Grace e Nico di Angelo, os três filhos dos três grandes, são convocados pela deusa Perséfone para resgatar uma espada que foi roupada por Ethan Nakamura e o titã Jápeto, neste conto também temos a introdução de um carismático personagem chamado Bob que irá reaparecer na próxima saga.


Ambas histórias são interessantes e contam curiosidades sobre alguns antagonistas e fecha algumas pontas soltas, além de introduzir novos personagens e nos encaminhar para o quinto livro da saga que se passa logo após este livro, temos também fotos oficias dos personagens e guias de sobrevivência, como as coisas que uma filha de Atena leva em suas aventuras. Além de ser um livro voltado para os fãs, como muitas sagas de livros fazem, este acaba tendo um peso considerável para a história da saga sendo imprescindível ler para ter conhecimento dos futuros fatos.


Curto e simples de ler e com o mesmo tipo de escrita corriqueira dos demais livros de Riordan este livro traz diversas curiosidades interessantes e agrega bastante a história e ajudando a fechar algumas pontas soltas sendo um bom complemento para a saga Percy Jackson e os Olimpianos.


Autor da resenha: R.N.J.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Saga O Guia do Mochileiro das Galaxias - Volume 1



Saga: O Guia do Mochileiro das Galaxias - Vol. 1

Autor: Douglas Adams

Editora Arqueiro

Páginas: 208


Antes de tudo. Não entre em Pânico!


O livro que abre a saga de Arthur Dent pela galáxia. Tudo começa em Londres quando Arthur descobre que sua casa seria demolida por uma auto estrada que passaria por ali, preocupado com o destino de sua casa ele corre para tentar impedir, ele que acaba encontrando seu amigo Ford Prefect, um extraterrestre que mora disfarçado na Terra há 15 anos. Ford recebe um aviso de que o planeta será demolido, pois, uma auto estrada hiperespacial passará por ali. Os dois amigos conseguem escapar da destruição pegando carona na nave dos Vogons, responsáveis pela destruição da Terra, e a partir daí a saga de nossos protagonistas através do espaço começa, conhecendo diversos planetas e os mais diversos extraterrestres e aumentando o conteúdo do, guia do mochileiro das galáxias, criado por Ford.


O guia do mochileiro das galaxias é uma espécie de livro criado por Ford que contém todas as informações dos seres vivos, planetas e curiosidades do espaço, incluindo como sobreviver ao espaço e já na capa tem a frase genial. Não entre Pânico! 


No entanto, o livro não é apenas a fantasia imaginada por uma mente visionária, vários fatos e teorias científicas estão presentes, através desse conceito nasceu o gerador de improbabilidade infinita, o motor da nave principal que os protagonistas acabam viajando, tornando uma ferramenta para o desenrolar da história fazendo com que qualquer fato improvável acabe se tornando real transformando todo e qualquer conceito plausível e possível de ocorrer.


Não é necessário ser um entusiasta do espaço nem um físico para entender os conceitos informados no livro, mas, se tiver algum conhecimento com certeza poderá apreciar ainda mais a obra que mescla a ciência com aventura e comédia.


Os personagens são os mais diversificados possíveis, por se tratar de seres espaciais o autor criou o mais variado tipo de civilizações. Os protagonistas são bem trabalhados e a comédia sempre está presente, principalmente devido ao gerador de improbabilidade infinita que faz com que tudo seja possível. Se você pretende ler esta obra tenha a mente bem aberta as improbabilidades e não se esqueça de levar uma toalha!

Imagem (internet)

Autor da resenha: R.N.J.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Autor da Vez: Stephen King



 •Biografia Stephen King


Stephen Edwin King, popularmente conhecido como Stephen King, nasceu em 21 de setembro de 1947, em Portland, Estados Unidos. Quando jovem, Stephen gostava de escrever histórias baseadas nos filmes que assistia e as vendia aos seus amigos de escola, porém seus professores não gostavam e o forçaram a parar.


Em 1966, King começou a estudar inglês na Universidade do Maine, onde escrevia uma coluna para o jornal estudantil entitulada "King's Garbage Truck". Foi na faculdade também que conheceu sua esposa, Tabitha Spruce, casando-se com ela em 1971.


Após a faculdade, King passou a lecionar inglês na Hampden Academy e começou a escrever o que viria a ser o seu primeiro romance, porém, depois de ser rejeitado quatro vezes antes, ele simplesmente o jogou no lixo, desistindo da ideia. Tabitha resgatou o manuscrito e incentivou o marido a continuar e tentar novamente. Stephen enviou o manuscrito para a editora norte-americana Doubleday e, em 1973, recebeu US$ 2.500 por "Carrie". Poucos meses depois, ganhou US$ 420 mil pelos direitos da obra.


King perdeu sua mãe para um câncer de útero, o que o fez desenvolver dependência em álcool e vício em cocaína. Na década de 80 começou a lutar contra seus vícios e King diz estar limpo desde então.


Em 1999, Stephen estava passeando perto de sua casa quando foi atropelado por um furgão desgovernado, ficando gravemente ferido, tendo que passar por três operações. King depois comprou o furgão que o atropelou, tendo como objetivo deixá-lo longe de fãs malucos.


Stephen King se tornou referência para as histórias de terror e suspense, além de ser um dos autores com maior número de obras adaptadas para os cinemas e tv, sendo as adaptações mais conhecidas "Carrie, a estranha", "O iluminado", "A espera de um milagre", " O nevoeiro" e "It, a coisa". Ele também gosta de fazer algumas aparições especiais nos filmes de suas obras (como em "It – capítulo dois", onde apareceu como o vendedor da loja de antiguidades).


King ainda é casado com Tabitha e eles tem três filhos. Toda a família está envolvida com literatura.


Post: Thiff (@thifnaufel )


(📷: Internet)

sábado, 31 de outubro de 2020

Mês Macabro #10 - Another



*Mês Macabro #10*


Mangá: Another

Autor: Yukito Ayatsuji e Hiro Kiyohara

Editora JBC

Volumes: 4


Você acredita em maldições? Não? E se você estivesse vivenciando uma seu conceito mudaria? 


Em 1972, um estudante popular da classe 3–3 da escola Yomiyama, localizada na cidade de mesmo nome, acaba falecendo durante o seu ano letivo. Desde então, a cidade acaba sendo absorvida por uma atmosfera terrível, através de um segredo obscuro e sombrio em relação à morte do aluno. 


Para ajudar a superar a perda os alunos e professores fingem que este aluno ainda está ali, conversam em volta da carteira dele, fazem provas juntos, no entanto, no final do ano quando todos vão tirar a foto da turma alguém que não deveria estar na fotografia aparece nela, e desde então a maldição do aluno extra foi instaurada na sala.


26 anos após o incidente, o jovem estudante transferido de Tóquio, Kouichi Sakakibara, acaba entrando para este colégio exatamente nesta sala e diferente de todas as outras classes, ele percebe que todos os alunos e professores escondem algo. Entretanto quando ele conhece a personagem, Mei Misaki, Sakakibara logo descobre que realmente à algo de errado dentro da classe, principalmente pelo mistério de todos ignorarem Misaki como se ela não existisse e ignorarem qualquer pergunta que se faça sobre a personagem.


Tanto o mangá quanto o anime são ótimos, são obras incríveis e muito bem feitas para ambos, possuindo uma boa construção de personagens e também uma história misteriosa e muito bem construída que tem um final surpreendente. O clima pesado de suspense cobre as páginas deixando o leitor vidrado nos acontecimentos e a cada página fica a pergunta. Quem é o verdadeiro?


Dica*

O Anime tem algumas diferenças da mangá, mas, sem dúvida deve ser assistido, um dos melhores e mais conhecidos animes do gênero.


Autor da resenha: R.N.J.


sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Mês Macabro #9 - A Verdade sobre o falecido Arthur Jermyn e sua família




*Mês Macabro #9*


Livro: A Verdade sobre o falecido Arthur Jermyn e sua família

Autor: H.P. Lovecraft

Editora Pandorga

Páginas: 13


Um conto que traz como a busca por suas origens pode ser aterrorizante. A história expresssa neste conto resume o medo que o homem branco sente em relação à África e suas origens. 


O primeiro parágrafo de leitura já é suficiente para manter uma pessoa sensível pensando na vida por semanas adentro. Um conto de origem racista misturado ao horror da teoria da evolução darwiniana sobre a mente de um supremacista branco tratado como um deus perante a um povo quase neandertal e selvagem, mas de certe forma, genial justamente por esse mergulho na loucura diante da verdade científica das origens da família de nosso protagonista Arthur Jermyn.


Se soubéssemos o que somos, faríamos o que Sir Arthur Jermyn fez, e Arthur Jermyn se ensopou de óleo e pôs fogo em suas roupas certa noite. Alguns que o conheceram nem mesmo admitem que ele existiu, pois, certos papéis e um certo objeto encaixotado foram encontrados em seu aposento.


Devido a um passado pecaminoso e selvagem a família Jermyn teve seu destino trágico pré-estabelecido, a origem de uma família vindo de origens africanas as quais tornaram sua genética instável, nenhum membro teve boa reputação, os Jermyn sempre foram pessoas perturbadas e tratados como loucos e violentos.


Uma obra curiosa e bem trabalhada que deve ser lida com atenção para se a ter aos detalhes e no fim conseguir montar o quebra-cabeça que desvenda o porquê do suicídio de Arthur Jermyn e o que revela a verdade sobre sua trágica e perturbada família Jermyn.


Autor da resenha: R.N.J.


quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Mês Macabro #8 - Indicação da semana - Hush: A morte ouve

 


*Mês Macabro #8*


•Indicação da semana•


Para última indicação da semana desse mês eu trago para vocês o filme "Hush: A morte ouve"


Maddie é uma escritora que mora sozinha em uma casa isolada, e as únicas pessoas nos arredores é um casal (vizinhos de Maddie) que são muito amigos da escritora. 


Quando adolescente, Maddie teve uma meningite, o que fez com ela perdesse a audição e as cordas vocais, e é a partir dessas informações que o negócio começa a ficar tenso.


Em uma noite, um assassino sádico usando uma máscara observa Maddie pelo lado de fora da casa (que é de janelas e portas inteiras de vidro), invade a casa dela e começa a perceber os problemas que a escritora tem, decidindo começar um jogo de gato e rato com ela.


Maddie tem que superar desvantagens e conter seus próprios instintos para não emitir um barulhinho sequer, ou o assassino poderá escutá-la.


Hush é um suspense muito bom e agoniante, já que você fica desesperado pelo silêncio e mais desesperado ainda quando acontece um ruído, temendo pelo o que pode acontecer com a personagem.


O filme é de 2016 e vocês podem encontrá-lo na dona Netflix.


Post: Thiff (@thifnaufel)


(📷: Pinterest)

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Mês Macabro #7 - Sussuros na Escuridão



*Mês Macabro #7*


Livro: Sussuros na Escuridão

Autor: H.P. Lovecraft

Editora Pandorga

Páginas: 120


Neste conto de Lovecraft temos uma narrativa cheia de detalhes envolvendo o leitor nesta trama com o teor de horror cósmico. O estudioso Sr. Akeley morador da região de Vermont, acaba tendo contato com seres siderais habitantes vindos de um planeta chamado Yuggoth, o nono planeta do sistema solar, estes seres invadiram a Terra e Akeley começa a investigar em busca de respostas sobre seus objetivos enquanto se comunica com outro amigo estudioso, o professor de literatura e entusiasta em estudos sobre folclore Wilmarth, por meio de cartas, uma história cheia de mistérios que levará o leitor a sentir pavor do mundo cósmico.


O texto traz um protagonista cético que narra uma sucessão de acontecimentos tenebrosos cuja origem é cercada de mistérios. O caso em questão despertara o ceticismo de Wilmarth, no entanto, num determinado momento dos debates, o protagonista recebe uma correspondência de Akeley, e essa carta faz com que Wilmarth passe a repensar suas convicções sobre o estranho ocorrido nas montanhas de Vermont.


As correspondências trocadas entre esses dois personagens ditam o teor sinistro da narrativa nos mostrando como é a apavorante ideia de existir seres superiores e como eles podem estar espreitam por aí e manipulando tudo a seu favor.


Devido a riqueza nos detalhes temos toda a região onde se passa a trama descrita com minúcia, as florestas e as montanhas onde os seres vivem, as casas e até mesmo os temidos seres extraterrestres. 


É uma jogada esperta do autor ter lançado esta obra no período em que foi descoberto o nono planeta do sistema solar Plutão, hoje não sendo mais considerado um planeta, dando a obra um quê de engajamento fazendo parecer como se todo ocorrido tivesse tido referências baseadas em fatos reais.


Este livro é uma ótima opção para quem está começando a conhecer as obras de Lovecraft, nela tem insinuações as criaturas e monstruosidades presentes nos demais livros do autor deixando o leitor ciente de como este universo é extenso e cheio das mais diversas e horrendas criaturas.


Autor da resenha: R.N.J.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Mês Macabro #6 - Uma Casa no fundo de um lago



*Mês Macabro #6*


Livro: Uma Casa no fundo de um lago

Autor: Josh Malerman

Editora Intrínseca

Páginas: 160


James e Amélia são dois jovens de dezessete anos, após James ter criado coragem para chamar Amélia para um encontro, nossos protagonistas acabam indo até um belíssimo lago, o clima perfeitamente romântico estava montado, ambos sozinhos num barco rumo a um piquenique na floresta, só não esperavam que sua curiosidade os conduzisse através do lago até uma passagem que os levara num lago diferente, escuro e menos convidativo que o anterior, e o mais estranho foi o que estava dentro do lago, uma casa, uma casa inteiramente mobiliada que aparentemente está vazia, mas, como diz uma frase do livro: Só porque a casa está vazia, não significa que não tem ninguém dentro". 


Após uma descoberta fascinante eles mergulham no desconhecido, vagam por entre os cômodos e vasculham o que há por trás de cada porta, a pressão das águas e a sensação claustrofóbica estão presentes, mas são amenizadas com o passar da história. A escuridão e o silêncio de estar submersos os abraça como serpentes feitas de sombras, o que quer que tenha morado ali parece não existir mais, ou talvez eles apenas não tenham se encontrado.


Já deixo claro que a história em si, é focada no romance dos protagonistas, por mais que a princípio não sejam tão cativantes, com o andar da obra vemos que é exatamente sua simplicidade que faz o leitor se apegar, suas inseguranças e as descobertas de um mundo mais adulto é colocado a mostra, ainda sim a trama tem todo um suspense sobre a casa no fundo do lago, como ela foi parar ali e como as coisas na casa parecem estar intactas, mas, antes da aventura eles criam apenas uma regra, a casa é algo único e nela não cabem perguntas de "como" e nem "por quê", apenas a apreciação momentânea tem de ser desfrutada e é a experiência e o segredo do desconhecido que une esse casal até o fim.


O romance e o suspense andam de mãos dadas, a forma de escrita ágil e o tamanho do livro fazem com que o leitor fique imerso nas páginas, o suspense e a curiosidade em descobrir o que vive na casa faz com que a história passe de forma rápida, mas, vale ressaltar que para ter uma boa compreensão da obra em seu todo é necessário dar a devida atenção as ações e aos sentimentos demonstrados pelos personagens.

 

Um traço do autor é criar suas obras como se fossem metafóricas, o conceito da obra ao ser visto de uma perspectiva diferente é evidente se tratar em focar no relacionamento juvenil, as inseguranças, o medo do desconhecido a fome de aventura e o forte apego emocional à algo que seja forte e marcante para o casal, que seja capaz de consolidar a relação e vemos como a casa é esse alicerce e tudo que acaba ocorrendo entre o casal é devido a tudo que eles viveram na casa, por mais que possa parecer um pouco aberta e com alguns mistérios não revelados a trama vista da perspectiva metafórica é bem fechada, assim como outros livros do autor, a história tem um compreendimento diferente dependendo de quanto o leitor se interessa pela obra trazendo uma experiência única que mescla a compreensão da história de forma literal e metafórica.


Autor da resenha: R.N.J.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Mês Macabro #5 - Indicação da semana - A Maldição da residência Hill

 


*Mês Macabro #5*


•Indicação da semana•


Semana passada eu assisti a famosa série de terror da Netflix chamada "A maldição da residência Hill" e meus amigos...que série!


É uma série de terror, mas com um terror bem diferenciado, já que o foco não é dar susto no telespectador e sim o envolver completamente na trama. 


A série conta a história da família Crain, que se mudam para um casarão na intenção de reformá-lo e vendê-lo, usando o dinheiro para construir o que eles chamam de "casa para sempre", uma casa dos sonhos onde a família passará a morar permanentemente.


Conforme os episódios vão mostrando todo o processo de reforma da casa, também vamos sendo apresentados aos outros membros da familia e descobrindo que a residência Hill guarda muitas histórias que começam a vir a tona, além de um misterioso quarto com uma porta vermelha que ninguém consegue abrir.


Em um mesmo episódio somos apresentados a diferentes pontos de vista de um mesmo acontecimento, entendendo como aquilo aconteceu para cada membro da família e como cada um está sendo afetado de forma diferente pela casa, principalmente a mãe, que chega a conclusão que precisa se afastar por um tempo da residência. Além disso, a série é cheia de flashbacks, o que nos faz ficar entre passado e presente, enchendo nossas mãos de pontas soltas para depois juntar tudo de uma vez.


Mesmo que a série nos apresente um mesmo acontecimento mudando apenas a visão de quem o vivenciou, você não sente que está vendo a mesma coisa de novo, e também não se perde na mudança de tempo, na verdade é algo bem confortável e que acontece de forma bem natural, então você entende e se acostuma rapidamente com isso.


Como dito no início, a série não foca no terror e sim na trama, que é muito bem desenvolvida e escrita, e no fim te causa aquela sensação de "meu Deus, tudo faz sentido agora!".


Se você ainda não assistiu A maldição da residência Hill, aconselho que veja (esse post é justamente para isso). Deixe a série se desenvolver e deixe-se ser envolvido.


Post: Thiff (@thifnaufel )


(📷: Pinterest)

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Mês Macabro #4 - O Enterro Prematuro




*Mês Macabro #4*

Livro: O Enterro Prematuro

Autor: Edgar Allan Poe

Editora Pandorga

Páginas: 18


A história começa contando como o narrador sente pavor de ser enterrado vivo, cita alguns exemplos de casos de pessoas que foram enterradas devido algum erro médico ou uma falta de análise sobre o caso que as teria levado a morte.


Nestes exemplos ele cita alguns casos de extrema aflição, casos como um em que uma mulher foi sepultada sem uma análise concreta e 3 anos depois de sua morte ao abrir sua cripta os ossos e restos mortais caem nos braços de seu ex esposo que percebe que a falecida tentara inutilmente escapar de sua prisão.


Dentre os casos mais claustrofóbicos e de extrema aflição corporal e mental temos a do nosso narrador por fim. Ele nos conta que sofre de uma doença chamada catalepsia, uma doença em que o corpo da pessoa entra em um estado de morte, como um coma, porém, continua ouvindo tudo que se passa a seu redor sem conseguir acordar, nisso ele retrata como deixa sua família preparada para um eventual caso de catalepsia que ele possa ter e nos dando exemplos um tanto perturbadores de diversos casos em que pessoas acabam sendo enterradas prematuramente.


Por se tratar de um relato, esta história nos apresenta diversos cenários fúnebres e situações claustrofóbicas, o leitor chega a sentir toda a pressão e o clima tenso que as palavras carregam ao narrar esta história fazendo jus ao gênero do livro e deixando no fim uma leve ideia de quão perturbador seria um enterro prematuro.


Deixo por fim uma frase de Poe que representa bem a ideia deste livro:


"Pode-se afirmar, sem hesitação, que nenhum evento é tão terrivelmente bem adaptado a inspirar a mais suprema aflição corporal e mental, como é o enterro prematuro."


Autor da resenha: R.N.J.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Mês Macabro #3 - O Poço e o Pêndulo




*Mês Macabro #3*

Livro: O Poço e o Pêndulo

Autor: Edgar Allan Poe

Editora Pandorga

Páginas: 25


Neste livro temos mais uma obra-prima de Poe, nosso protagonista, como traço do autor não tem seu nome revelado, ele se vê aprisionado e condenado a morte pela Inquisição Espanhola, em meio ao desespero e amarrado no fundo de um poço, acompanha lentamente o movimento de um pêndulo com uma lâmina na ponta prestes a executá-lo a qualquer momento.


Aprisionado, sozinho e submetido a uma desesperadora tortura psicológica vemos todo o sofrimento e a desorientação de estar amarrado num poço escuro e cheio de pânico por ver lentamente sua morte chegando. Vemos passo a passo como a mente do nosso desafortunado protagonista começa a se afundar em desespero.


Por mais que lute pela sobrevivência notamos como aos poucos ele começa a se entregar ao fatídico fim, beirando ao delírio e ao desespero e tendo que esperar enquanto lentamente a lâmina do pêndulo desse através do poço.


Uma história que nos transmite todos os sentimentos do protagonista em seus mínimos detalhes, uma obra de terror psicológico intensa que atrai a atenção do leitor do começo ao fim.


Por mais simples que possa parecer o conceito da obra, a riqueza nos detalhes que o autor transmite ao escrever sem dúvida faz transparecer toda a emoção dentro da história do livro.


Autor da resenha: R.N.J.




quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Mês Macabro #2 - Indicação da semana - Claymore



*Mês Macabro #2*

 

•Indicação da semana•

 

Nesse mês, além das resenhas, também vamos estar trazendo um conteúdo bônus na semana que será a Indicação da Semana. As indicações serão de filmes, séries, animes e outras coisas que tenham a temática do mês das bruxas.

E para primeira indicação da semana temos o anime Claymore.

 

O anime se passa na era medieval onde as pessoas são atormentadas por demônios denominados Youmas, que devoram humanos e roubam sua aparência, conseguindo assim o disfarce perfeito para viver entre os humanos e fazer mais vítimas de forma que não chame atenção nem levante suspeitas. Para deter esses demônios, existe uma organização chamada popularmente de Claymore, formada por mulheres que são metade humanas e metade Youmas, mas que são conhecidas pelos olhos prateados que possuem.

 

Temos como protagonista a claymore Clare, e é através dela que começamos a entender a história, como a organização funciona e também o motivo para elas possuírem uma parte demoníaca e serem as únicas que aguentam essa barra.

 

O anime conta com 26 episódios de 23 minutos cada e possuí apenas uma temporada.

 

Post: Thiff (@thifnaufel )

 

(📷: Pinterest)



segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Mês Macabro #1 - O Gato Preto



*Mês Macabro #1*

Livro: O Gato Preto

Autor: Edgar Allan Poe

Editora Pandorga

Páginas: 24


Nesta intrigante e sombria história narrada em primeira pessoa nos é apresentado um personagem que desde criança teve grande afeição aos animais, mas todo o terror começa a se infundir anos depois em sua fase adulta quando um gato preto chamado Pluto aparece em sua vida e desperta toda a crueldade que se mantinha adormecida em sua mente.


O protagonista mostra ter vários animais em casa, mas sem dúvida nenhum é tão próximo dele quanto Pluto, com o passar do tempo seu caráter vai mudando e devido ao vício em bebidas acaba se tornando um homem com comportamento extremamente violento e apresenta até um lado sádico.


Devido ao seu vício em bebida acaba afastando-se cada vez mais do homem amante de animais que foi um dia e acaba nutrindo um grande ódio pelos seus animais e principalmente ao Pluto, sua esposa não demonstra nenhum comportamento diferente desde o começo, mas acaba percebendo como seu marido se tornou um ser taciturno e sombrio.


Tomado por ódio num gesto brutal e violento ele acaba matando seu gato, o assassinato o enche de culpa e tomado de remorso volta a beber num bar até que acaba encontrando outro gato preto muito semelhante ao que havia matado e o leva para casa na tentativa de se redimir, no entanto, algo perturbador acontece afundando nosso protagonista em desespero e o deixando preso num problema sombrio para resolver.


Um clássico do gênero terror que transcende o tempo, característico de Edgar seus protagonistas nunca são apresentados e suas histórias sempre são narradas em primeira pessoa, o ambiente onde tudo acontece tem poucos detalhes focando mais em como os personagens reagem aos acontecimentos sombrios e a seus demônios interiores, inclusive nosso protagonista que representa como as pessoas podem mudar com o tempo e como os reagentes da vida mudam a mente, quase como uma doença que ao ser nutrida acaba transformando seu usuário em um monstro capaz de destruir tudo que ama.


O livro representa um pouco de misticismo em torno do gato preto, a questão de que o mesmo transita entre o nosso mundo e o espiritual, o azar que ele transmite e até o fato dele ter 7 vidas. Uma história de terror que demonstra a brutalidade e a crueldade de uma mente entregue ao vício e como uma boa pessoa pode se tornar um assassino cruel.


Autor da resenha: R.N.J.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Mês Macabro #0 - Autor da Vez: Edgar Allan Poe


 

•Biografia Edgar Allan Poe              

 

Edgar Allan Poe, nasceu em 19 de janeiro de 1809, em Boston, Estados Unidos. Seus pais eram atores de teatro, porém perdeu a mãe quando ainda era uma criança e seu pai o abandonou, por isso, Poe acabou sendo acolhido por uma família que vivia em Baltimore, na Virgínia, que lhe proporcionaram uma boa vida e educação.

 

Poe iniciou os estudos na Universidade de Virgínia, e lá acabou se destacando no estudo de línguas românticas, antigas e modernas. Em 1827, pouco depois de abandonar a universidade, Edgar publicou sua primeira coleção de poemas entitulada "Tomerlane and Others Poems" de forma totalmente anônima, e assim deu seu primeiro passo na carreira de escritor.

 

Em 1829, entrou para carreira militar, porém acabou sendo expulso por indisciplina. Depois disso, tornou-se editor de uma revista em Richmond e passou a viver com sua tia viúva e sua prima. Poe casou-se com sua prima em 1836, que tinha apenas 13 anos na época, e pouco tempo depois perdeu seu emprego passando, assim, por várias dificuldades financeiras. Poe teve uma melhora financeiramente depois de vencer o concurso de conto e poesia promovido pela revista "Southern Literary Messager".

 

Durante dois anos, Poe dirigiu a revista da qual promoveu o concurso em que foi vencedor, e lá publicava seus contos, poemas e artigos de críticas literárias, porém, por conta do vício em bebidas, acabou perdendo seu emprego. Nesta mesma época, sua esposa venho a falecer, o que acabou agravando ainda mais o problema de alcoolismo de Poe.

 

As principais obras de Poe foram: O corvo, O gato preto, Os assassinatos da Rua Morgue e A máscara da Morte Escarlate. Em cada obra sua, Edgar sempre abordou a temática do sofrimento causado pela morte pois acreditava que não existia nada mais romântico.

 

Edgar Allan Poe faleceu em 07 de outubro de 1849, em uma taberna de Baltimore, devido a doenças causadas pelo alcoolismo.

 

Post: Thiff (@thifnaufel

 

(📷: Internet)


Mês Macabro



Continuando este mês de outubro com mais um especial damos início então ao Mês Macabro!

 

Um especial pro mês do Halloween somente com conteúdo dark, terror, suspense e muito mais!

 

Sigam nossas postagens pela #MESMACABRO e não percam nenhuma de nossas postagens.


terça-feira, 29 de setembro de 2020

Saga Percy Jackson e os Olimpianos - Volume 5 - O Último Olimpiano



Saga: Percy Jackson e os Olimpianos -  Volume 5 - O Último Olimpiano

Autor: Rick Riordan

Editora Intrínseca

Páginas: 381


Chegamos ao fim de mais um saga, desta vez a batalha final entre Percy Jackson e o Titã Cronos será decidida. Semideuses, deuses, titãs e monstros um contra o outro, uma guerra mitológica que só terminará quando o último olimpiano der seu trunfo final. Batalhas lendárias, amizades desfeitas, todo o amor e a amizade será posto à prova de nossos heróis, isso e muito mais nos espera neste último volume.


Os meios-sangues passaram o ano inteiro preparando-se para a batalha contra os titãs, e sabem que as chances de vitória são pequenas. O exército de Cronos está mais poderoso que nunca, e cada novo deus ou semideus que se une à causa confere mais força ao vingativo Senhor do Tempo.


A fim de igualar suas chances, Percy toma uma perigosa decisão e arrisca sua vida para se tornar mais forte e poder derrotar o senhor dos Titãs. Enquanto isso, Annabeth e os outros do acampamento fazem vigília em frente ao Empire State, em Nova York, enquanto Cronos se aproxima para a grande batalha aos pés do Monte Olimpo.


Um traço interessante desta saga é como ela se mantém focada em seu rumo, cada decisão tomada é em prol do desfecho do livro, os heróis ficando mais fortes, seus planos sendo executados minuciosamente para poder lutar em pé de igualdade contra seus inimigos, isso mantém o leitor introduzido a tudo que acontece como se fizesse parte da história.


Temos este sendo o livro decisivo, desmistificando tudo, tirando nossas dúvidas e revelando todos os pontos da profecia que levou toda a trama a ocorrer. Temos um grande amadurecimento dos personagens, vemos como suas decisões se tornam extremamente importantes e, apesar de serem jovens, já carregam o peso não só de um mundo adulto mas também divino já que suas ações podem ter um peso catastrófico e de proporções cósmicas.


Acabamos tendo algumas baixas devido à guerra que são lamentáveis deixando os fãs em prantos, mas também temos um novo objetivo, assim que tudo se firma temos uma nova profecia, a qual dará origem para a próxima saga continuando as aventuras de nossos amigos semideuses os colocando num perigo muito maior que Cronos e Percy Jackson terá ajuda de heróis tão exímios quanto ele, e juntos mais uma vez terão que salvar o mundo.


O desfecho é realmente muito inesperado, porém, é bem descrito tudo que levou ao fatídico fim. Particularmente esta é minha saga de livros favorita, o Tio Rick como sempre coloca muita emoção em sua escrita proporcionando risadas com as cenas que são apresentadas mas também tristeza por perder personagens tão memoráveis, a idéia é excepcionalmente incrível, criar um mundo com os mitos gregos vivendo nos tempos atuais é de fato uma obra de arte e agrega muito para a literatura, não é à toa que se tornou um best-seller. 


Eu super recomendo a leitura desta e das demais sagas do autor cheio de personagens interessantes e cativantes. Por fim deixo uma das frases de Dionísio para reflexão:


" Um gesto generoso pode ser tão poderoso quanto uma espada" Senhor D.


Autor da resenha: R.N.J.


terça-feira, 22 de setembro de 2020

Autor da Vez: Rick Riordan


•Biografia Rick Riordan


Richard Russell Riordan Junior, mais conhecido como Rick Riordan (ou nosso querido tio Rick), nasceu em 05 de julho de 1964, em San Antonio, Texas. Durante a escola, Riordan trabalhou como editor do jornal da escola, porém teve problemas por (clandestinamente) publicar um jornal que zombava da mesma. Se formou com dupla especialização em inglês e história pela Universidade do Texas, em Austin e , mais tarde, venho a lecionar as duas matérias em diversas escolas públicas e particulares de São Francisco.

 

Em 1997, Rick venho a publicar sua primeira série policial adulta entitulada "Tres Navarre" , que conta com sete livros e com o último da história lançado em 2007. Em 2003, lançou um suspense com o nome de "Cold Springs", que conta apenas com um volume. Sua obra mais conhecida, Percy Jackson e o ladrão de raios, foi publicado somente em 2005.

 

Riordan tinha o costume de contar histórias sobre a mitologia grega para seu filho mais velho Haley todas as noites, mas eventualmente, as histórias acabaram, então Haley pediu para o pai que inventasse uma história para ele e foi aí que Percy Jackson começou a ser criado.

 

Riordan sempre tenta ser muito inclusivo nas suas histórias, com vários personagens representando o público LGBTQIA+ e com sua personagem principal, que tem trastorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e dislexia. Rick tenta mostrar que tudo bem ser diferente, não tem nada de errado nisso.

 

Rick Riordan mora atualmente com sua esposa e filhos em Santo Antonio, Texas.

 

Post: Thiff


(📷: Internet)

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Saga Percy Jackson e os Olimpianos - Volume 4 - A Batalha do Labirinto



 Saga: Percy Jackson e os Olimpianos -  Volume 4 - A Batalha do Labirinto

Autor: Rick Riordan

Editora Intrínseca

Páginas: 392


Nesse quarto volume da série, o tempo está se esgotando e a batalha entre os deuses do Olimpo e Cronos, o Senhor dos Titãs, fica cada vez mais próxima, até mesmo o Acampamento Meio-Sangue está vulnerável a medida que os exércitos do titã avançam, Percy e seus amigos partirão em mais uma missão através do Labirinto, um interminável caminho subterrâneo que se conecta a tudo e onde se escondem as mais temíveis criaturas.


Dessa vez iremos ressaltar mais alguns personagens que ainda não foram citados, entre eles Luke, filho de Hermes e executor dos planos de Cronos, o mais evidente vilão desde o princípio da série está cada vez mais poderoso, devido sua fúria para com os olimpianos se volta contra eles e neste volume usa do Labirinto de Dédalo para invadir o Acampamento.


Temos também Rachel, uma mortal que aparecera no último livro ajudando Percy e que acaba indo parar na mesma escola dele, sendo capaz de ver através da Névoa, esta que por sua vez, faz com que os mortais vejam outras coisas ao invés dos verdadeiros acontecimentos divinos, como criaturas mitológicas e tudo que elas acarretam, começa a ter um papel mais relevante para a saga tendo um futuro promissor para os próximos livros.


Após receber sua profecia, Annabeth, filha de Atena e a melhor amiga de Percy, é mandada para o Labirinto com o objetivo de convencer seu construtor a não colaborar com Luke e revelar o meio de se orientar pelo caminho. Junto de Percy, o ciclope Tyson e Grover o sátiro, que acaba indo com outra missão, encontrar o Deus perdido Pã, tem sua jornada traçada.


Basicamente toda a aventura se passa em torno do enorme labirinto, como deve ser, ele possui diversas ramificações e abriga os mais diversos tipos de criaturas mitológicas, antigos mistérios e até mesmo deuses.


Apesar do ambiente subterrâneo o autor dimensionou o labirinto até um ponto em que ele acaba parecendo tão grande que não nos sentimos sufocados enquanto lemos a obra, temos no lugar disso uma ansiedade por descobrir o que se esconde por trás de cada parede e o que se encontra depois de cada curva, a jornada toma rumos inesperados e deixa a trama muito mais interessante intricando a história do mito com a trama.


Deixo também uma ressalva quanto ao desenvolvimento e crescimento dos personagens, sentimentos adolescentes que começam a aflorar e a tornar perceptível pelas ações dos personagens, não só dos protagonistas, lembrando o leitor que além de poderosos semideuses ainda são jovens e tem que passar por toda a puberdade enquanto lutam com monstros e salvam o mundo.


Isso torna a obra mais realista e nos aproxima ainda mais dos personagens, a amizade, a paixão, as inseguranças e o desejo de se provar que nos é mostrado pelas palavras do autor torna a história mais humana, mais terrena e semelhante ao que vemos todos os dias e até mesmo o que também acabamos passando, por se tratar de um livro basicamente juvenil essas mensagens auxiliam e contribuem para o crescimento dos jovens, fazendo com que cresçam junto com nossos heróis meio-sangues.


Autor da resenha:R.N.J.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Saga Percy Jackson e os Olimpianos - Volume 3 - A Maldição do Titã


 Saga: Percy Jackson e os Olimpianos -  Volume 3 - A Maldição do Titã

Autor: Rick Riordan

Editora Intrínseca

Páginas: 336


Prosseguindo com mais um livro da saga, neste terceiro título temos nossos meio-sangues em mais uma missão, Grover o sátiro, encontra dois novos e poderosos semideuses e Percy, Annabeth e Thalia partem em busca dos mesmos, mal eles suspeitavam que junto deles uma nova profecia iria ser revelada, um monstro ancestral foi despertado e juntos terão que buscar a deusa acorrentada, a única capaz de caçá-lo.


Como já é de costume, neste livro temos novos personagens, além dos irmãos Di Angelo e a estreia da filha de Zeus Thalia que havia sido transformada em pinheiro, temos também Zoë e as caçadoras de Ártemis, um grupo composto exclusivamente de donzelas guerreiras discípulas da deusa Ártemis, assim temos dois grupos distintos trabalhando juntos, as caçadoras e os semideuses do acampamento meio-sangue, unidos para cumprir a profecia.


Assim como os demais livros temos aquela grande dose de aventuras com uma pitada de comédia, somos apresentados a novos deuses, e até mesmo titãs, e temos mais contato com suas personalidades e seu envolvimento com os meio-sangues. 


Vemos também o conceito "Girl Power" nesta obra bem enfatizado, Percy é de certa forma deixado de lado e não só Thalia e Annabeth como as caçadoras e as deusas têm um foco maior demonstrando como são incrivelmente poderosas e habilidosas e de forma alguma ficam atrás dos demais personagens masculinos.


A história é emocionante e divertida e faz você se apegar a cada personagem apresentado como se ele fosse um velho amigo, sentimos a temor e a esperança dos semideuses e acabamos desenvolvendo uma forte empatia com nossos heróis, a leitura energética, fácil de ler e cheia de emoções, que é a marca do autor, nos motiva a devorar as páginas cada vez mais.


Não posso deixar de enfatizar como sempre nos livros Riordan nos dá uma aula de história e cultura, não só greco-romana mais de outras origens também proporcionando a aventura de ler muito instrutiva e recheada de informações surpreendentes, a forma como o autor encaixa os acontecimentos e personagens históricos nas mais diversas situações é de fato inefável.


Provavelmente o livro mais interessante da saga, tendo vários personagens poderosos e com personalidades e ideais bem diferentes trabalhando e lutando juntos numa missão de resgate incrível que colocará literalmente o céu abaixo.


Autor da resenha:R.N.J.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Saga O Espadachim de Carvão - Volume 2 - As Pontes de Puzur


Saga: O Espadachim de Carvão e as Pontes de Puzur - Volume 2  

Autor: Affonso Solano

Editora Leya 

Páginas: 256


O segundo livro da saga o espadachim de carvão, dando continuidade a história temos nosso protagonista Adapak que após os últimos acontecimentos, viaja no navio da capitã humana Sirara em busca da verdade sobre sua origem, mergulhado nos registros de um antigo diário descobre sobre como uma menina forçada a viajar com um famoso ladrão, são responsáveis por influenciar não só sua vida como a história de toda Kurgala.


Desta vez temos duas histórias ocorrendo em tempos diferentes, enquanto Adapak continua buscando sobre sua origem, temos uma cantora de prosa, Laudiara, que acaba tendo que viajar com um habilidoso ladrão, Puzur, que tem uma incrível habilidade, conhecido por ninguém viajar mais rápido que Puzur, consegue se locomover através de continentes e junto com Laudiara não mede esforços e faz o que for preciso para alcançar seus objetivos, ambos tem sua história narrada no passado na época em que Adapak nascera.


Vemos como ambas as histórias se conectam, mostrando como os acontecimentos vividos por Puzur irão afetar o futuro de Adapak e de toda à terra de Kurgala. Vemos como é representada a religião em Kurgala com seus templos e seus acólitos e quão cegamente o povo é devoto aos deuses que neles residem.


Diferentemente do primeiro livro, vemos uma história mais bem trabalhada que seu antecessor, a enorme quantidade de informação sobre os seres vivos, lugares e cultura era um pouco explosiva, tendo muita informação desnecessária que poderia ter sido apresentada de outra forma neste segundo livro, acaba que a história deste acaba sendo mais focada nas ações e no desenrolar da história fazendo a obra fluir melhor e respondendo algumas perguntas que ficaram sem explicação no primeiro livro.


No momento a saga não tem fim e este acaba sendo o último livro canônico lançado até o momento, tendo a mesma abordagem focada em batalhas sangrentas e esgrima, ainda sim acaba sendo uma leitura mais agradável e poética descrevendo a jornada de nossos heróis e contendo informações mais relevantes para a trama, este acaba sendo mais descritivo que o primeiro livro deixando a curiosidade aguçar na esperança do terceiro volume da saga.


Autor da resenha: R.N.J

domingo, 9 de agosto de 2020

Conclusão Resenha Especial As Crônicas de Nárnia


Pessoal chegamos ao fim do nosso especial de resenhas das crônicas de Nárnia, deu trabalho mas, sem dúvidas valeu a pena e espero que todos tenham curtido esse formato de publicação.


Escolhemos fazer esse especial para homenagear tanto a obra quanto o autor C.S.Lewis. 


Entre os leitores esse livro único com todas as crônicas sempre é citado, sempre tem alguém que diz "A esse eu queria ler pena que é muito grande" ou "Eu tenho sempre quis ler mais não tenho tempo", para alguns assusta a quantidade de páginas e informações de todo um mundo fictício que se sabe que é extenso e muito rico em detalhes, detalhes expostos e outros nem tanto, contudo uma excelente obra.


Com as resenhas espero que tenha despertado em vocês a vontade de viajar por essas páginas e descobrir mais sobre os mistérios e toda a história de Nárnia. 


Agrademos pelo apoio de todos!


R.N.J.

sábado, 8 de agosto de 2020

Resenha Especial As Crônicas de Nárnia - Volume 7 - A Última Batalha


*Resenha Especial - Sábado*

Livro: As Crônicas de Nárnia - Volume 7 - A Última Batalha

Autor: C. S. Lewis

Editora WMF Martins Fontes

Páginas: 216


Chegamos ao fim do último livro das crônicas de Nárnia, a última batalha acontece numa era em que toda a Nárnia parece coberta por trevas, Tirian o último rei de Nárnia e descendente de Caspian, tem a ajuda dos corajosos Eustáquio e Jill em sua última missão por Aslam e por Nárnia numa cruel batalha contra os calormanos, uma batalha que decidirá e colocará um ponto final em toda a história de Nárnia.


Lewis nos começa apresentando o maquiavélico macaco Manhoso, um sujeito manipulador e oportunista que ao encontrar uma pele de leão boiando num lago obriga seu amigo, se é que podemos considerá-lo amigo, o asno Confuso, um humilde, covarde e ingênuo narniano, a usar como vestimenta e se passar pelo divino leão Aslam.


Graças ao seu plano ardil, Manhoso consegue convencer os narnianos que Confuso é Aslam, mostrando a eles um falso Deus e, junto dos calormanos, estes que sempre foram inimigos de Nárnia, acaba pela sua ambição fazendo com que as crenças dos narnianos sejam testadas manchando a imagem de Aslam e instituindo uma falsa soberania.


Devido a todo plano de Manhoso temos diversos narnianos humilhados e escravizados achando que estão fazendo aquilo que Aslam desejara, mostrando como os seguidores de Aslam por mais confusos que estejam sempre se mostraram fiéis ao leão a ponto de pessoas oportunistas usarem desta crença para seu bem próprio lucrando e tirando proveito dos devotos, até tem um ponto em que é dito que Aslam e o deus dos calormanos Tash são o mesmo ser, tudo para ludibriar tanto os narnianos quanto os calormanos que haviam vindo a Nárnia, diferente dos demais guerreiros, somente para comércio e afins.


Dado toda a sequência de fatos, Tirian e seu melhor amigo Jewel o unicórnio, acabam sendo ajudados por Eustáquio e Jill que voltam a Nárnia para ajudar o rei na batalha contra os calormanos e Manhoso, dentro de toda a aventura e das diversas atrocidades que acabam acontecendo algo único que vemos é através de uma súplica que Tirian faz antes de Eustáquio e Jill aparecerem. Ele num sonho acaba pedindo por ajuda e nisso acaba tendo a visão dos sete amigos de Nárnia, Pedro, Edmundo, Lucia, Eustáquio, Jill, Polly e Digory que estavam reunidos para debater sobre suas aventuras por Nárnia, nela vemos como todos, com exceção de Susana que se afastara do grupo, estão mais velhos e estão vivendo depois que acabara suas aventuras por Nárnia.


Toda essa última aventura se passa em tempos sombrios, sendo o livro com conteúdo mais pesado e um pouco mórbido dentre os outros, temos uma Nárnia mais decadente se aproximando de seu fim, até as ações que os personagens tomam são mais severas e sanguinárias como se não houvesse esperança e sua última atitude fosse sempre desesperada e sem mensurar as consequências que as levam.


Este livro é como uma versão do Apocalipse da bíblia cristã, retratando a falta de fé, o culto a falsos deuses e tudo que levou ao fim de Nárnia, vemos o pior lado dos narnianos e como os calormanos são cruéis, vemos Tash em sua verdadeira forma e como ele é o oposto de Aslam. Quando o leão finalmente surge na história é para dar um ponto final a tudo que conhecemos durante toda esta saga, trazendo o fim de Nárnia numa das cenas mais impactantes e fantásticas de todas, sendo o exato antônimo do que ocorre no primeiro livro, o sobrinho do mago.


Aslam nos mostra por fim qual a resolução de todos seus planos, cumprindo todas as promessas que havia feito durante toda a saga de livros e nos contando tudo que se há de saber, mostrando como de fato é a verdadeira Nárnia e todos aqueles que foram merecedores de alcançá-la, durante todas as crônicas, já lá viviam plenamente.


Para conclusão de toda a saga das crônicas de Nárnia este é um dos livros mais emblemáticos, mostrando tudo de pior e melhor que a terra de Nárnia tem, mostrando quão ruim alguém pode ser e como alguns acabaram recebendo a redenção divina e ascenderão para algo além do meio físico. 


Durante toda esta jornada vemos Nárnia ir do Gênesis ao Apocalipse, do começo ao fim, de algo a nada. Uma excelente série, muito direcionada a fé na religião imposta pelo leão e seus súditos, e colocando os humanos no papel da realeza que sempre guia seu povo rumo ao amanhã, uma série de crônicas com grande imersão em seu mundo, durante toda a trajetória ouvimos histórias do deserto da Calormânia até Além-Mar depois das Ilhas Solitárias, vimos deuses e criaturas mágicas, espíritos e animais falantes, duelos e guerras, do alto das montanhas até o subterrâneo, Nárnia é uma versão paralela à Terra como a conhecemos, com suas culturas e costumes, e povos dos mais variados tipos.


Lewis com sua caprichosa escrita nos fez viajar pelas páginas, nos fazendo sentir a sensação de montar no lombo de um enorme leão, voar nas costas de uma coruja, velejar por oceanos de água doce e sentir a relva e os cheiros das florestas narnianas. Para finalizar deixo uma das frases mais impactantes desse livro nos dando a esperança de que mesmo quando tudo acaba talvez não seja o fim, mas sim, o início de algo ainda maior.


"Lembre-se de que todos os mundos chegam ao fim. E uma morte nobre é um tesouro que ninguém é pobre demais para comprar." - As Crônicas de Nárnia - A Última Batalha - C. S. Lewis.


Autor da resenha: R.N.J.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Resenha Especial As Crônicas de Nárnia - Volume 6 - A Cadeira de Prata


*Resenha Especial - Sexta-feira*

Livro: As Crônicas de Nárnia - Volume 6 - A Cadeira de Prata

Autor: C. S. Lewis

Editora WMF Martins Fontes

Páginas: 212


No sexto livro das crônicas de Nárnia, a cadeira de prata, temos mais uma aventura, desta vez por uma região inóspita e quase nunca visitada pelos narnianos dada a sua periculosidade, a mando do grande leão Aslam, um filho de Adão e uma filha de Eva junto de um narniano deverão ir atrás do príncipe desaparecido, em sua jornada nossos protagonistas terão que enfrentar criaturas subterrâneas, gigantes e uma temível feiticeira viperina.


Chegamos ao penúltimo livro da saga, em a cadeira de prata temos de volta a Nárnia o primo dos Pevensie, Eustáquio e junto dele uma nova personagem uma garota de sua escola chamada Jill, vários anos se passaram desde a última aventura a bordo do Peregrino da Alvorada, vários anos para os narnianos, já para Eustáquio passará cerca de um ano.


Eustáquio mudara bastante depois de sua última viagem a bordo do Peregrino, se tornando mais corajoso e destemido assim como seus primos, se importando mais com os outros e se tornando cada vez mais parecido com um príncipe narniano, ao ver Jill, uma de suas únicas amigas sofrendo devido a abusos de bullying em sua escola, ele conta sobre uma terra mágica onde tudo era diferente, e graças a essa mesma magia eles acabam indo parar em Nárnia.


Jill tem uma personalidade forte e decidida com seus princípios, porém amável, muito parecida com Lucia e o paulama Brejeiro, o narniano que os acompanha, sem dúvida é uma figura, ele sempre declara com pessimismo como os eventos irão estar ocorrendo e aparentando desanimação para tudo, só que, no entanto, para ele e os outros paulamas de seu povo ele é visto como um fanfarrão brincalhão que não toma jeito, mas ainda sim de todo modo, ambos os personagens são imprescindíveis para completar a missão que lhes foi dada.


Vemos como todos os personagens do livro anterior estão com uma idade avançada, mas ainda sim, notamos como o reinado de Caspian foi próspero para seu povo e temos nesta história uma Nárnia mais pacata, como se fosse um dia ensolarado antes da tempestade, por se tratar do penúltimo livro da saga creio que tem a ambientação perfeita para se passar esta jornada. Nossos hérois, por ordem de Aslam, acabam indo parar na terra dos gigantes e mais tarde num reino subterrâneo. 


Quando achamos que Nárnia não tem mais onde nos surpreender, temos mais uma experiência, talvez um pouco claustrofóbica, devido ser um mundo subterrâneo, entretanto, lá vemos que vive um povo completamente diferente e, até certo ponto, semelhante ao povo narniano. Temos uma informação de um dos habitantes que nos promete que ainda mais abaixo do seu mundo, na crosta terrestre existe todo um universo cheio das criaturas mais diversas as quais parecem ter forte envolvimento com pedras preciosas nos informando que em sua terra natal elas são mais vivas e se encontram em todo tipo de consistência possível, já imaginou tomar um gole de suco de diamantes? Ou comer um pedaço de rubi? Para este povo tudo isso parece ser possível.


Isso nos mostra o quão diverso um mundo pode ser, assim como a própria Terra e, às vezes estamos tão infundidos num mundo fantasioso que não percebemos como, na verdade ele é uma representação do nosso próprio mundo, ao longo dessas crônicas podemos notar, se dermos a devida atenção, que não apenas os ideais de conduta das pessoas é explorado como, amizade, determinação e amor, e também suas menções a religião cristã com suas passagens bíblicas seccionadas em trechos e escusos em toda a saga, mas também no mundo em si, toda a Nárnia é como um espelho da Terra, só precisa de um olhar atento para se ver as semelhanças, os povos distintos, as culturas exóticas, os cantos mais inóspitos onde se dúvida que possa se ter vida mas que na realidade é um chafariz transbordando vitalidade.


Fico ansioso e um pouco triste por ver que logo esta saga chegará ao fim, mas não devemos nos a ter ao fim de algo, mas sim, recordar e desfrutar de todo caminho percorrido até ali, identificando e assimilando as informações e a experiência adquirida e os sentimentos que aquelas histórias o fizeram sentir, então sem mais a declarar, esperemos a conclusão que o grande leão nos dará, o que está por vir e o que aguarda no final do túnel para nossos heróis e para toda Nárnia.


Autor da resenha: R.N.J.

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